Número1 da poluição
17 dezembro 2006 by Tsintsiva_Tsapau_Mafurra
Com que então na semana finda ( dia 13 de Dezembro para ser mais exacto), a KPMG divulgou a lista das 100 maiores empresas moçambicanas, e como já era de se esperar a nossa querida Mozal está no topo desse ranking. Seguem-se (se a memória não me atraiçoa) HCB e Sasol.
Eu, como bom moçambicano pergunto: desde quando a Mozal,HCB e Sasol são empresas moçambicanas?!?
As tantas eu percebo mal português, pode ser o caso, da mesma maneira que o português veio até mim é da mesma maneira que por exemplo a HCB está a ser dada aos moçambicanos: ás migalhas!! Olha, já me esquecia, então ontem mesmo o patrão Guebas (como diz o consagrado palhaço Mc Roger) usou da arguta voz para dizer ao povo moçambicano que Cahora Bassa já era nossa. Disse com tamanha convicção que até ele mesmo acreditava. Enfim, pior mentiroso é aquele que mente e acredita na sua mentira...
Voltando a Mozal...1º lugar nas maiores empresas, porém esqueceram-se de atribuir um outro prémio: LÍDERES DA POLUIÇÃO EM MOÇAMBIQUE !!
Chegaram, ofereceram uns Cherokees, Bmw`s, e Mercedes aos bosses aí dos ministérios e dias depois lá estava todo sumptuoso o monstro de ferro a cuspir merda por tudo quanto é canto.
Triste, mas essa é a realidade do nosso país e continente, sugados dos seus recursos, expostos á gases altamente tóxicos em troca de uns Mercedes para os seus dirigentes.
Essa tal de Mozal que hoje é líder dos tops que anualmente são inventados para reunir os maiores responsáveis pela degradação e delapidação dos recursos deste país, amanhã será de certeza o PESADELO AMBIENTAL DO SÉCULO XXI. Ontem as ameijôas do Rio Matola, hoje os ares de Boane (Mavoco), amanhã todo Moçambique poluído e todos nós fodidos dos pulmões e atrofiados dos membros.
Para quem não sabia, a Mozal instalou uma lixeira para dejectos produzidos pelo monstro lá para os lados de Boane. É que no fabrico do aluminio é produzido um residuo muito forte (SPL) que acaba forrando as paredes das fundições, e para sua remoção e gestão são exigidos cuidados extremos para evitar a contaminação do ambiente á volta.
Depois de tirarem uma das bases alimentares dos habitantes ao redor do Rio Matola, estes senhores decidiram viajar para Boane, e lá pretendem lançar flúor e cianeto.
E, adivinhem, tudo isto com permissão do MICOA mesmo sabendo que naquela zona existem dois rios que fornecem água a Matola e Maputo.
Estes resíduos secam a terra provocando grandes desgostos á população que vive da agricultura, e como se isso não fosse suficiente poluem as águas.
Já me esquecia, a Mozal não assume nenhuma responsabilidade em relação a lixeira, portanto passou a “batata quente” para o MICOA.
Porque será?!?
Como diz o meu companheiro Tsintsiva, a Mozal deixou de instalar a fábrica lá na terra natal com as melhores condições (sistemas de comunicação, condições técnicas,e.tc) por causa das “praias” que temos cá. E que praias, digo eu...
Golfinhos e baleias morrem, a marginal da nossa cidade a desaparecer nas barbas brancas do senhor De Castro , e como se isso não bastasse ainda nos querem dar flúor e cianeto para cheirarmos e bebermos...
O senhor Luciano André de Castro e seu elenco parece que foram os primeiros a sufocar no meio de tantos problemas ambientais...
PENSEM NISSO
Tsapau
Ps: Desculpem-me o testamento, mas isto da Mozal polue-me os neurónios...